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IGREJA
A Origem do Congregacionalismo

      Apesar de não agradar totalmente, a pequena Reforma acalmou os ânimos mais exaltados. Todavia, os reis que sucederam a Henrique VIII, tentaram trazer a Igreja de volta ao domínio de Roma, provocando uma época de muita perseguição e intolerância. Ao ascender ao trono Isabel, que não era Católica nem Protestante, ocorreu não apenas o fortalecimento da Igreja Anglicana, como o fortalecimento do movimento puritano, que visava reformar, de fato, tanto a Igreja Romana quanto a Anglicana.

      Isabel reinou entre 1558 e 1603, e esse foi o período que ocorreu o surgimento do Congregacionalismo, a partir de dentro do puritanismo. O Movimento adotava duas linhas distintas. De um lado havia forte influencia do modelo Presbiteriano, do outro lado fortaleciam-se ideias independentes, que procuravam dar a cada Congregação (igreja local) independência de governo. A partir de Henry Jacob (1610) o movimento independente ganhou corpo, separando-se do Anglicanismo. O Congregacionalismo, teve um começo humilde, mas aos poucos foi se firmando, crescendo definitivamente sob a liderança de Oliver Cromwell, tendo outros expoentes, como Milton e John Bunyan.

     Da Inglaterra, o Congregacionalismo expandiu-se para a América do Norte, especialmente a partir dos Peregrinos do "Mayflower" e da Colônia de Plymouth.

      As raízes do Congregacionalismo remontam á época da Reforma, na Inglaterra. Enquanto em grande parte do continente europeu a Reforma surgiu muito forte, provocando o surgimento de uma Igreja Protestante separada a Igreja Romana, na Inglaterra tal Reforma aconteceu de forma diferente. Sob o reinado de Henrique VIII (1509-1547) ocorreu uma ruptura com Roma, cujo caráter foi basicamente político. Desta ruptura surgiu a Igreja Nacional Inglesa, chamada Anglicana, a qual apenas não mais se submetia ao poder Papal, mas guardava práticas Romanas. Esta ficou submetida ao Rei, que agora era o cabeça da Igreja.

Características do Congregacionalismo

1. Independentes (Igreja Autônoma):

Cada igreja local é completa e autônoma do governo ou estruturas eclesiásticas;

A maior autoridade terrena é a Assembléia dos membros (a congregação);

O relacionamento com as igrejas irmãs é de companheirismo.

 

2. Puritanos (Igreja pura):

Pureza de Vida;

Pureza doutrinária;

Pureza de relacionamento com Deus.

 

3. Não conformistas (Igreja não conformada):

Com a situação das igrejas da época;

Com a falta de liberdade de culto;

Com o liberalismo teológico;

Com a situação do mundo da sua época.

 

As Igrejas com estas características, expandiram-se para Holanda, e mais tarde para os Estados Unidos, servindo de base para o nascimento daquele novo país. Em 1604, na Inglaterra, e 1629 nos Estados Unidos, estas igrejas se organizaram como Igrejas Congregacionais.

 

O Congregacionalismo no Brasil

      Duzentos anos mais tarde, em 1855, o médico e missionário Robert Kalley começa a primeira Escola Bíblica Dominical em Petrópolis (19 de Agosto) com 5 alunos. Três anos depois iniciava-se, no Rio de Janeiro, capital do Brasil, na época, a primeira Igreja Evangélica Brasileira, a Igreja Evangélica Fluminense (11 de Julho de 1858). A seguir o casal Kalley publicou o primeiro hinário brasileiro, os "Salmos e Hinos" com 50 cânticos, e aprovaram a "Breve Exposição", declaração de fé para a Igreja da época.

  Anos mais tarde, a Igreja Evangélica Fluminense torna-se uma igreja Congregacional dando início as igrejas Congregacionais no Brasil

     O casal Kalley retorna definitivamente para a Escócia, em 10 de Julho de 1876.

 

     Para conhecer melhor a história da nossa igreja

Século XIx: Líderes da primeira igreja evangélica do Brasil

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